“Caminhar é um perigo e respirar é uma façanha nas grandes cidades do mundo ao avesso. Quem não é prisioneiro da necessidade é prisioneiro do medo: uns não dormem por causa da ânsia de ter o que não têm, outros não dormem por causa do pânico de perder o que têm. O mundo ao avesso nos adestra para ver o próximo como uma ameaça e não como uma promessa, nos reduz à solidão e nos consola com drogas químicas e amigos cibernéticos. Estamos condenados a morrer de fome, morrer de medo ou a morrer de tédio, isso se uma bala perdida não vier abreviar nossa existência.”
De Pernas Pro Ar – A Escola do Mundo ao Avesso
Um comentário:
AH acho q a maior condenação mesmo é a morte. O resto são só alguns cones no chão pra gente contornar e fazer umas curvinhas, quebrar uns paradigmas e viver coisas novas pra acabar no mesmo lugar. E essa ânsia de querer o que não tem e de ter medo de perder o que tem, quando não sensasionalisamos capitalisticamente e sim nos padrões de valor de cada um, (material/afetivo) é fundamental! Acho que quando temos "medo" de "perder" pessoas ou até coisas que damos muito valor sem querer, de forma arrogante ou carinhosa é que mostramos o valor que damos essas coisas ou pessoas, o tipo de valor (do amor à indiferença) o que vai resultar ou não na reciprocidade do que tu transmite. Acho q a graça e a grande sacada da vida está em não "automatizar" nossas reações. A criatividade de saber mostrar emoções sem clichês e apelos é uma virtude. E é o que classifica as pessoas, para mim como especiais.
Mas é claaaaaro, Tefa, que tudo IMAO.
*in my arrogant opinion
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