sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

A Martha Medeiros é uma chata...

... clichê, repetitiva e sem graça. Raramente vocês vão ver alguma coisa dela por aqui, mas em nome das minhas amigas... terei de colar esta mensagem. Espero que leiam com atençao.


HOMENS QUE SE APROVEITAM

Entra geração, sai geração e os pais seguem dando os mesmos conselhos. Mamãe para sua menina: "Filhinha, dê-se o valor. Não saia com qualquer um, esses garotos só querem se aproveitar de você". Papai para seu menino: "Filho, não se amarre tão cedo. Faça muita festa, namore todas, aproveite a vida". Moral da história: toda menina é carniça, todo homem é urubu. Não olhe agora mas teias de aranha estão formando-se no teto.

Estou pra ver papo mais obsoleto. Mesmo que as mães estejam hoje menos caretas e já não destilem tanto preconceito, ainda assim paira no ar a idéia de que, quando um homem e uma mulher vão para os finalmentes sem haver um compromisso formal, ele está tirando uma lasquinha da pobre infeliz, que está ali sendo iludida, usada, consumida. Tirem as crianças da sala!

O que ninguém contou para o urubu é que a carniça não está morta: ela também tem fome e sacia-se plenamente com essa refeição. Pelo amor de Deus, as mulheres aproveitam também! A diferença é que a gente não sai com um cara só para ter assunto com as amigas no dia seguinte: as mulheres é que são as verdadeiras comem-quietas.

Não acredito quando ouço uma garota dizer que fulano se aproveitou dela. Como assim, ela estava desmaiada? Algumas mulheres ainda têm esse vício de achar que uma relação sexual que não evoluiu para o namoro sério ou para o casamento é uma espécie de estelionato: o cara furtou sua ilusão de amor. Essa garota até pode ter caído numa cantada mal-intencionada, mas ainda assim, durante o bem-bom, ela não estava fazendo nenhum sacrifício: trocou carinho, sentiu prazer, ficou satisfeita. Por que só o homem se aproveita? Aliás, por que esse "se" pejorativo, como se o ato sexual fosse praticado por um só? Homens e mulheres apenas "se" aproveitam quando "se" masturbam, amando-se a si próprios. O resto é em proveito dos dois.

Ninguém deve se entregar para uma pessoa em troca de garantias. Uma relação sexual não é um passaporte para o altar, é apenas uma transa, que pode virar duas, três, trezentas, ou pode permanecer filha única. Nenhuma mulher pode dizer que alguém se aproveitou da sua ingenuidade depois de ela ter consentido tirar a roupa. Se tirou, que aproveite também. Quem acha que o prazer é um direito apenas dos homens precisa voltar para os anos 70 e recuperar as aulas perdidas.

(novembro de 98)

4 comentários:

Paulo Vinicius disse...

Muito bom, bom mesmo.

vinícius disse...

e mesmo assim, ela tá errada: "A diferença é que a gente não sai com um cara só para ter assunto com as amigas no dia seguinte."

ah pára! vocês são comentaristas VORAZES de uma noitada.

Anônimo disse...

...e nos oferece um bom diagnóstico de nosso provincianismo intelectual. Pesquisando alguma coisa a respeito da má literatura produzida por essa mulher, achei praticamente nada. Custo a acreditar num consenso formado em torno de um discurso burguês e cheio de mumunhas de perua: "autoajuda para peruas" é como defino o discurso da Martha, perfeitamente adequado ao formato daquela revista dominical indigesta a nos mostrar com perfeição que nem todos, em pleno Rio de Janeiro, são cariocas. Eu diria que a Martha é quase um Verissimo de saia (sem algum toque de aventura). Ao invés de nos narrar as incursões de um playboy pelos clubes jazisticos parisienses, nos brinda com o dramalhão burguês de uma mãe cuja filha resolveu sair por aí curtindo pelo mundo.

Anônimo disse...

A Martha Medeiros escreve como uma adolescente ávida pela primeira relação sexual.

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